MINI-HISTÓRIA SOBRE A POESIA

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POETISA, Eu...? (Minha 1ª poesia)

Me chamam de poetisa / Eu, que nunca fiz poesia / Insistem, me chamam de poetisa / E eu digo: mas eu nunca fiz poesia! /Não sei fazer estrofes, não sei rimar e se eu tentar... / amor rima com humor / Solidão com macarrão / sentimento com condimento / Soluços, com pinguços... / Eu não sei fazer poesia / Por que insistem nessa maestria?

Será que desvendaram minh'alma quimera/ Com loucos suspiros não ditos / Cabeça de leão e corpo de dragão? / Poetisa, eu...? / Por que insistem nessa galhardia? / Só se for de trigonometria / "Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá" / Seno a coseno b, seno b coseno a...

Marisa Queiroz

sábado, 17 de abril de 2010

O NÃO-SABER-DIZER DO AMOR

Chegaste como uma luz
E eu, sem querer me iludir
Fingi que não te vi
Falaste de amor
E eu, pra não voltar a sofrer
Fingi não te querer

Mas meu coração - ah! rebelde coração...
Pelas frestas de meus olhos, já te olhava com ardor
Entre meus ouvidos moucos e palavras não ditas,
Já entoava um hino de amor

E agora, como te fazer reconhecer
Toda minha paixão e bem-querer
Nas entrelinhas de meu silêncio
Sepulcro que urge por uma opereta
Com os mais finos acordes de violino
Para cantar em louvor ao teu amor
Amor que dói de tanto não-saber dizer?

Marisa Queiroz
Numa nostálgica tarde de sábado
18/04/2010

quinta-feira, 8 de abril de 2010

JUREI-TE DE MORTE ...

Sim, não te suportava mais.
Tua simples presença já era motivo suficiente
Para me causar enjôos e ira
Quando tu me assediavas
e encostavas tuas patas imundas em minha pele,
A repugnância e a injuria se instalavam em mim.
Vinha-me lá de dentro o mais profundo asco
e um desejo imoral de te matar.

Flagrei-me premeditando a hora
e a forma de acabar com tua raça.
Constatei de forma cruel que
havia uma vil assassina dentro de mim,
E nada pude fazer pra mudar.
E tu? Tu continuavas passando por mim
Com teu habitual escárnio,
Tua insuportável puerilidade...
Parecia um deboche ou sarcasmo!
Oh! Tu nem sabes o quanto te odiei
todas aquelas vezes que te encontrei!

Enfim, chegou o momento tão esperado.
Queria te assassinar com minhas próprias mãos
E, de forma totalmente estranha para mim,
Consolidar o prazer de ver teu sangue jorrando...
Eu estava tremendo de febre por tua causa
E não via a hora de acabar com tua vida.

Naquele instante que passaste por mim novamente
Fazendo aquele teu conhecido gracejo
que parecia zombar de mim...
OH! FÚRIA INCONTROLÁVEL...!
Veio a tona uma explosão de raiva contida
da humilhação e do nojo que me causavas!
Fiquei cega e, num ímpeto, golpeei-te com força
E com as duas mãos.
Sei que não és tão grande assim,
És até miúdo e insignificante
Mas meu golpe foi pra matar um elefante
E te esmaguei! Sim, te esmaguei!!
Que prazer ao ver teu sangue em minhas mãos
Mosquito miserável!
Não passarás DENGUE a mais ninguém

Marisa Queiroz