MINI-HISTÓRIA SOBRE A POESIA

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POETISA, Eu...? (Minha 1ª poesia)

Me chamam de poetisa / Eu, que nunca fiz poesia / Insistem, me chamam de poetisa / E eu digo: mas eu nunca fiz poesia! /Não sei fazer estrofes, não sei rimar e se eu tentar... / amor rima com humor / Solidão com macarrão / sentimento com condimento / Soluços, com pinguços... / Eu não sei fazer poesia / Por que insistem nessa maestria?

Será que desvendaram minh'alma quimera/ Com loucos suspiros não ditos / Cabeça de leão e corpo de dragão? / Poetisa, eu...? / Por que insistem nessa galhardia? / Só se for de trigonometria / "Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá" / Seno a coseno b, seno b coseno a...

Marisa Queiroz

domingo, 31 de maio de 2009

Poeminha "amoximoroso"

No grito silencioso do peito
Surge uma dúvida certeira
Escute, ilustre desconhecido,
Me amas com todo fogo de teu ódio?

No silêncio eloquente das noites
Meu coração dispara bem devagar
Tenho uma culpa inocente
Pois no tácito tumulto de minh'alma
Meu ser gela de desejo ardente

Diga-me, nobre vagabungo,
Amas-me em lúcida loucura?

Meu coração estanca aceleradamente
Num arrebatamento meticuloso
Espero teu asentimento mudo e loquaz
Para na eternidade de um instante
Ser unicamente multipla e fugaz

Marisa Queiroz

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Viva a Vida

Vida é
Papoula, sorte,
Mar

luar

Amor é vida
teus olhos
teu sorriso

sonoridade de um gargalhar

Vida a vi
Vem
Vai
Viva!

Marisa Queiroz
Rio, 28/05/09

terça-feira, 26 de maio de 2009

Vagando em plena solidão ...

O que é esse aperto na alma?
Que nome tem esse pranto?
Meu ser tem sede de calma
E só encontro desilusão

Navego num rio de incertezas
Minha bússula é a escuridão
O que será de meu destino?
Onde estará minha luz?

Magoa-me saber que tenho asas
Mas tenho quilos de chumbo nos pés
Lembranças vagas me oprimem
Oh! onde estão as chaves desses grilhões?

Sozinha sufoco a dor
Pois nem tu me enxergas
Sou alma sem irmã
Vagando em plena solidão!

Marisa Queiroz

domingo, 17 de maio de 2009

Eterno enquanto explosão

Vejo teu brilho até atrás do sol
Por ti nada ofusca minha visão

Suspiro com todo ar de embriaguês
Moléculas vivas de ternura que afloram meus pulmões

Incandecente relâmpago voraz que me acende
Anjo que faísca feito raio de trovão

Quero rir, gargalhar , delirar
me acender até explodir de paixão

Seguirei anos-luz como um sopro de anima
poeira cósmica acoplada em tua luz
Varando o vazio da imensidão

És como um dos Titãs que rouba o fogo sagrado
E eu estrela solitária condensada, que pisca e te espera
Amor eterno enquanto explosão!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Sobre Safo (primeira poetisa lírica da história)

Safo, a maior poetisa lírica da Antigüidade é, provavelmente, também a primeira mulher a fazer poesia importante na história da cultura ocidental. Nasceu na ilha grega de Lesbos, por volta do ano de 612 a.C. Platão certa vez afirmou: "Dizem que há nove musas, que falta de memória! Esqueceram a décima, Safo de Lesbos."

As poesias de Safo, são quase todas voltadas para o amor , sempre expresso com simplicidade natural, às vezes com ternura, às vezes com ardor apaixonado. Ela usou em seus poemas uma grande variedade de metros, um dos quais, o sáfico, está associado especialmente a seu nome. Sua poesia foi muito apreciada na Antigüidade, tendo sido elogiada por Platão, por muitos poetas da Antologia Grega e por "Longinos" no tratado sobre o Sublime (os dois últimos preservaram dois dos fragmentos mais longos). Suas estrofes foram imitadas literalmente por Catulo em seu poema 51 .
Vejamos algumas delas:

Contemplo Como o Igual dos Próprios Deuses
Contemplo como o igual dos próprios deuses
esse homem que sentado à tua frente
escuta assim de perto quando falascom tal doçura,
e ris cheia de graça. Mal te vejo

o coração se agita no meu peito,do fundo da garganta já não saia minha voz,
a língua como que se parte, corre

um tênue fogo sob a minha pele,os olhos deixam de enxergar, os meus
ouvidos zumbem,
e banho-me de suor, e tremo toda,
e logo fico verde como as ervas,
e pouco falta para que eu não morra
ou enlouqueça

Quando eu te Vejo
Quando eu te vejo, penso que jamais
Hermíone foi tua semelhante;
que justo é comparar-te à loura Helena,
não a qualquer mortal;
oh eu farei à tua formosura

o sacrifício dos meus pensamentos,
todos eles, eu digo, e adorarte-ei
com tudo quanto eu sinto.

O Amor
O amor, esse ser invencível, doce e sublime
que desata os membros, de novo me socorre.
Ele agita meu espírito como a avalanche
sacode monte abaixo as encostas. Lutar
contra o amor é impossível, pois como uma
criança faz ao ver sua mãe, vôo para ele.
Minha alma está dividida: algo a detém aqui,
mas algo diz a ela para no amor viver...

A Lua já se Pôs
A lua já se pôs,
as Plêiades também:
meia-noite; foge o tempo,
e estou deitada sozinha

Palavras de Alceu a Safo
Ó cheia de pureza,
ó Safo coroada de violetas
que docemente ris:
eu te diria de bom grado certa coisa,

se não fosse a vergonha que me impede.

Resposta de Safo a Alceu
Se quisesses tão só o bom e o belo,
se em tua boca más palavras não tramasses,
não haveria essa vergonha nos teus olhos
e poderias exprimir-te francamente.


Fonte: Google

sexta-feira, 1 de maio de 2009

PRA ME CONQUISTAR

Se acaso tens a intenção de me conquistar
Começa olhando-me nos olhos
Finge que não existe nada melhor em mim
Apenas meus olhos e meu jeito de olhar

Se quiseres ser mais ousado
Provoca meu sorriso e sorri para mim
Pois é deste modo que saberei
Se meu sorriso vai se escancarar para ti

Se tiveres a intenção de me seduzir
Fale palavras doces aos meus ouvidos
Que eles se encarregarão de traduzir
Até seus ‘não ditos’ para o resto de meus sentidos

Se queres me deixar em brasa
Com o coração louco e descompassado,
Beija-me com paixão e volúpia
E abraça-me bem apertado

Se pretendes ser o meu amor
Rega-me com ternura e carinho
Trata-me como se fosse uma fina flor
E eu não te ferirei com meus espinhos

E quando já tiveres me conquistado
Podes conferir o resto e os bons pedaços
Pois embora eu finja não ver
Estarei rebolando de muito bom grado