MINI-HISTÓRIA SOBRE A POESIA

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POETISA, Eu...? (Minha 1ª poesia)

Me chamam de poetisa / Eu, que nunca fiz poesia / Insistem, me chamam de poetisa / E eu digo: mas eu nunca fiz poesia! /Não sei fazer estrofes, não sei rimar e se eu tentar... / amor rima com humor / Solidão com macarrão / sentimento com condimento / Soluços, com pinguços... / Eu não sei fazer poesia / Por que insistem nessa maestria?

Será que desvendaram minh'alma quimera/ Com loucos suspiros não ditos / Cabeça de leão e corpo de dragão? / Poetisa, eu...? / Por que insistem nessa galhardia? / Só se for de trigonometria / "Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá" / Seno a coseno b, seno b coseno a...

Marisa Queiroz

domingo, 26 de julho de 2009

Quando estou em mim...

Quando estou em mim
Enfrento lutas, medos e angustias
enfrento a mim mesma
Quando estou em mim

Quando saio de mim
Encontro muitas máscaras
E crio muitas personagens
Quando saio de mim

No entrar e sair de mim
Me enfraqueço e fortaleço
Me desespero e me enriqueço
Nesta ponte que há em mim

Quando entro em mim, sou única
Me reconheço e desconheço
Me perco em minha miséria
Sou jogada na minha quimera existêncial

Quando saio de mim
Encontro um breefing em minhas fantasias
Aconchego-me em meus devaneios
Construo castelos encantados
Sou musa, anjo e princesa
Fabrico sonhos de amor
Sou a amada e cortejada poetisa
Sou personagem de histórias em quadrinhos

Mas, é lá dentro de mim
Na angustia que há em mim
No desespero das minhas chamas purgativas
Que morro e renasço continuamente
Para o que há de melhor em mim

Marisa Queiroz

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Depois de duas garrafas de vinho

Meu Deus!
Eu pequei!
Tomei duas garrafas de vinho
Me exaltei!
Falei bem dos filósofos
Meti o pau nas religiões

Chamei Jesus de Genésio
Quis ser cientista
Amaldiçoei os políticos e...
Flertei com meu melhor amigo!

Ai, Deus meu!
Me perdoe, eu errei,
Mereço essa ressaca que me destes
Mas Deus, por favor
Eu Vos imploro
Faça esse teto parar de rodar
E tire esse gosto
De cabo de guarda-chuva
De minha profana boca!


Marisa Queiroz

sábado, 4 de julho de 2009

O Poeta e o Mar

É doce amar no mar
Nas ondas salgadas me entregar
Deixar-me levar pela poesia
Nobre timoneira aventureira!....

É doce chorar no mar
Com lágrimas de sal marinho
Sentir saudades dele
Meu ardente poeta, leão marinho!...

É doce viver no mar
Lugar de sal doce
De doce sonhar

De águas vivas e salgadas
De aconchego de Iemanjá
Mãe dos poetas que almejam
A estrela do a-Mar

Marisa Queiroz