MINI-HISTÓRIA SOBRE A POESIA

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POETISA, Eu...? (Minha 1ª poesia)

Me chamam de poetisa / Eu, que nunca fiz poesia / Insistem, me chamam de poetisa / E eu digo: mas eu nunca fiz poesia! /Não sei fazer estrofes, não sei rimar e se eu tentar... / amor rima com humor / Solidão com macarrão / sentimento com condimento / Soluços, com pinguços... / Eu não sei fazer poesia / Por que insistem nessa maestria?

Será que desvendaram minh'alma quimera/ Com loucos suspiros não ditos / Cabeça de leão e corpo de dragão? / Poetisa, eu...? / Por que insistem nessa galhardia? / Só se for de trigonometria / "Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá" / Seno a coseno b, seno b coseno a...

Marisa Queiroz

sábado, 8 de outubro de 2011

PEITO PORTADOR DA PALAVRA

Pronto, pintou uma parada.
Peço permissão pela palavra:
Pode uma poderosa paixão
palpitar peito prudente
povoar pensamento pungente
passear pelo particípio passado
pela plenitude possível postergada ?
Penso, porém peço perdão
Participo puras pérolas para poetar
Pessoas, podem polemizar
Pombas!

(Marisa Queiroz)

CORAÇÃO CON-FUSO

Coração brasil-franco-suíço
é peito batendo dividido
num fuso horário dolorido
Pedaço de mim, cinco horas adiantado
quer estar nos ares alpinos
junto a filha livre e desgarrada
Outro lado, cinco horas atrasado
se ufana da doce terra-mãe
que acolhe com bracos amados
a filha sonhadora que retorna
à casa, amigos, filhos e amores
Em seus dias de tenros esplendores

Marisa Queiroz