MINI-HISTÓRIA SOBRE A POESIA

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POETISA, Eu...? (Minha 1ª poesia)

Me chamam de poetisa / Eu, que nunca fiz poesia / Insistem, me chamam de poetisa / E eu digo: mas eu nunca fiz poesia! /Não sei fazer estrofes, não sei rimar e se eu tentar... / amor rima com humor / Solidão com macarrão / sentimento com condimento / Soluços, com pinguços... / Eu não sei fazer poesia / Por que insistem nessa maestria?

Será que desvendaram minh'alma quimera/ Com loucos suspiros não ditos / Cabeça de leão e corpo de dragão? / Poetisa, eu...? / Por que insistem nessa galhardia? / Só se for de trigonometria / "Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá" / Seno a coseno b, seno b coseno a...

Marisa Queiroz

terça-feira, 21 de abril de 2009

ORAÇÃO DE DOIS POETAS ÉBRIOS

Depois de duas garrafas de vinho - (Marisa)
POIS É…DIGO EU ! - (Fernando)

Meu Deus!
FUI AOS CÉUS
Eu pequei!
MAS VOLTEI !
Tomei duas garrafas de vinho
(E SE ELE ERA BONZINHO!...)
Me exaltei
E EIS QUE M’INSPIREI!
Falei bem dos filósofos
DOS POETAS, DOS ARTISTAS
Meti o pau nas religiões
E SEM FAZER CONFUSÕES
Quis ser cientista
E SEM TER NOÇÃO DO PERIGO
Amaldiçoei os políticos e...
(ALGUNS DO PALEOLÍTICO)
Flertei com meu melhor amigo!
MAS O MAL…FOI TER BEBIDO!
Deus meu
O QUE ME DEU?!
Me perdoe, eu errei!
MAS EU ACHO QUE ATINEI
Mereço essa ressaca que me destes
VINHO…OLHA O QUE TU FIZESTES!
Mas Senhor, por favor,
EU VOS OFEREÇO LICOR!
Eu Vos imploro
DE VERGONHA, QUASE CHORO!
Faça esse teto parar de rodar
OU RODE MAIS DEVAGAR...
E tire esse gosto
ESSE PIVETE DE LOUÇA
De cabo de guarda-chuva
COMO MÃO DE SUJA-LUVA
De minha profana boca!
VOS PEÇO… INTÉ FICAR ROUCA!
(Mariza Queiroz e Fernando Reis Costa, set/2007
(Agradeço ao poeta luso, Fernando Reis Costa, pela companhia neste poema ébrio!)

sábado, 18 de abril de 2009

Momentos na Vida...

Há momentos na vida que seus sonhos parecem que terminam
Que a felicidade bate a porta na sua cara e parece que tudo acabou;
Às vezes nem percebe que lá adiante tem outra porta aberta
E que alí está a sua chance de ser novamente feliz.

Há momentos que você tem que esquecer o passado
E fazer um esforço de andar pro futuro
Que você tem que ser seu maior amigo, se perdoar
Esquecer seus próprios erros e tudo o que magoa o seu coração.

Há momentos que é preciso criar asas para sonhar,
E seguir o caminho do horizonte
Ser o que se pretende ser, porque a vida é uma só...
E talvez só exista esta chance de ser feliz

Há momentos na vida que você sente que tem que recomeçar
Ter ao seu lado uma pessoa que saia de seus sonhos
Apertá-la fortemente em seus braços e dizer novamente: Eu Te Amo!
Alguém com quem você possa novamente sorrir muito e até gargalhar,

Rir juntos de seus próprios erros e idiotices
Viver sem amarras ou grilhões
Rir para tornar os dias melhores e sanar as dores de seu coração

Se dar conta que, a despeito de suas obrigações e deveres
A vida se conta mesmo, pelo número de vezes que você sorriu e foi feliz
E pelas emoções que esses momentos lhe cortaram o fôlego.

Rio, out/2007

terça-feira, 14 de abril de 2009

Haikais

#1
Trovão estrondou
relâmpago faiscou
e a chuva caiu !


#2
No pote de mel
as abelhas rainhas
viram formigas


#3
Sabiá canta
Na árvore, gorjeia
Na gaiola, pia...

terça-feira, 7 de abril de 2009

Erro na previsão do tempo para o coração

Hoje eu estou dividida, como o tempo aqui no RJ, oscilo pro sol, oscilo pra chuva
E depois me pergunto: qual foi mesmo minha previsão de tempo para hoje?
Ah! Me lembrei. Como hoje é sábado, era pra amanhecer com uma luz radiante
Temperatura morna, mesmo sendo verão, e coração esfuziante, como se estivesse apaixonada,
Também, tinha previsto meu despertar junto com o alvorecer
Respiraria fundo e caminharia na praia com os pés descalços,
Permitindo que as ondas os lambessem sensualmente, de vez em quando...
E eu apenas sorriria, os ofereceria novamente e as encorajaria a repetir a operação,
Suspirando e gemendo, iniciando um jogo de sedução, humm!....
Em seguida, ofereceria meus tornozelos, pernas, joelhos, coxas...
E deixaria que uma grande onda me lambesse por inteira
De baixo para cima e me levasse ao clímax da sensação com gosto salgado....
Permitiria que sua imensa língua, doce e molhada,
Invadisse todas as minhas grutas e segredos
Me deixando ruborizada, ofegante e com os nervos túmidos e prontos....
O mar tem sido o meu melhor amante...
Silencioso, insinuante, imprevisível e arrebatador
Na maré baixa, ele me conforta, me acaricia e me lambe suavemente
Na maré alta, me arrebata, me açoita, me puxa em suas correntezas
Me arremessa, me afoga e me invade no fundo do meu âmago...
Mas hoje, me acordei dividida, a minha previsão falhou.
Pela manhã, choveu em meus olhos,
E uma nuvem negra nublou o meu coração
Senti falta dele e me agarrei às suas recordações
Caiu uma tempestade forte dentro de mim
Que me ameaçou como uma chuva de verão
Me alagou, me inundou, mas acabou em pouco tempo
Fui resgatada por um raio quente do sol de verão
Que me escancarou o sorriso e ofuscou meus olhos com luz
Esquentou m'alma e como um arco-íris que promete um tesouro em sua ponta,
Instalou-se novamente a esperança em meu coração.
Estou correndo para ti novamente, oh! mar...

Marisa Queiroz
Rio, 01/03/08

segunda-feira, 6 de abril de 2009

CORAÇÃO TEIMOSO

Chamei meu coração num canto
E lhe disse baixinho:
Não já te disse pra ter cuidado?
Não te disse pra te resguardar?

Ainda é muito cedo
Podes te confundir
De um amor errado te iludir
E decerto vais te magoar

Meu coração olhou-me de soslaio
E num muxoxo replicou com desdém:
Que posso fazer se tudo o que sei
É me apaixonar por alguém?

Ah, coração! não desafies a razão
Sou eu quem tem sensatez
Sou eu quem pode te orientar
E não ouses me ignorar

Mas o coração dengoso
Desses que é teimoso
Gosta de desafiar

Ando batendo forte outra vez
Existe alguém que me faz sonhar
Por ele eu bato maluquinho
E sem ele eu sinto que posso parar

Marisa Queiroz

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Vem , mon jou-jou...

Vem, “mon amour”
Deixa-me apertá-lo nos braços meus
Vem ser a paixão dos sonhos meus
Não me olhes com olhar de espanto
Pois eu sou hoje toda calor e encanto

Vem, “mon jou-jou”
Vem brincar com nossos corpos túmidos
Deixe eu lhe abrasar os sentidos
E o céu e as estrelas protegerão
Nossos carinhos lúbricos e lascivos

Vem, “ma passion”
Vem ser o orvalho de meus anseios
Quero te entregar meus mais puros enlevos
Quero sussurrar junto aos teus gemidos
Todos os segredos que se escondem em meus sentidos

Vem, “mon bandit”
Vem ser o bandoleiro de meus ais!
E não finja ser, nesta área, um bom rapaz
Quero ser expectadora de teu despudor
E ser, junto a ti, a doidivanas deste insano amor!

Marisa Queiroz

Rio, Out/2007