MINI-HISTÓRIA SOBRE A POESIA

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POETISA, Eu...? (Minha 1ª poesia)

Me chamam de poetisa / Eu, que nunca fiz poesia / Insistem, me chamam de poetisa / E eu digo: mas eu nunca fiz poesia! /Não sei fazer estrofes, não sei rimar e se eu tentar... / amor rima com humor / Solidão com macarrão / sentimento com condimento / Soluços, com pinguços... / Eu não sei fazer poesia / Por que insistem nessa maestria?

Será que desvendaram minh'alma quimera/ Com loucos suspiros não ditos / Cabeça de leão e corpo de dragão? / Poetisa, eu...? / Por que insistem nessa galhardia? / Só se for de trigonometria / "Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá" / Seno a coseno b, seno b coseno a...

Marisa Queiroz

terça-feira, 7 de abril de 2009

Erro na previsão do tempo para o coração

Hoje eu estou dividida, como o tempo aqui no RJ, oscilo pro sol, oscilo pra chuva
E depois me pergunto: qual foi mesmo minha previsão de tempo para hoje?
Ah! Me lembrei. Como hoje é sábado, era pra amanhecer com uma luz radiante
Temperatura morna, mesmo sendo verão, e coração esfuziante, como se estivesse apaixonada,
Também, tinha previsto meu despertar junto com o alvorecer
Respiraria fundo e caminharia na praia com os pés descalços,
Permitindo que as ondas os lambessem sensualmente, de vez em quando...
E eu apenas sorriria, os ofereceria novamente e as encorajaria a repetir a operação,
Suspirando e gemendo, iniciando um jogo de sedução, humm!....
Em seguida, ofereceria meus tornozelos, pernas, joelhos, coxas...
E deixaria que uma grande onda me lambesse por inteira
De baixo para cima e me levasse ao clímax da sensação com gosto salgado....
Permitiria que sua imensa língua, doce e molhada,
Invadisse todas as minhas grutas e segredos
Me deixando ruborizada, ofegante e com os nervos túmidos e prontos....
O mar tem sido o meu melhor amante...
Silencioso, insinuante, imprevisível e arrebatador
Na maré baixa, ele me conforta, me acaricia e me lambe suavemente
Na maré alta, me arrebata, me açoita, me puxa em suas correntezas
Me arremessa, me afoga e me invade no fundo do meu âmago...
Mas hoje, me acordei dividida, a minha previsão falhou.
Pela manhã, choveu em meus olhos,
E uma nuvem negra nublou o meu coração
Senti falta dele e me agarrei às suas recordações
Caiu uma tempestade forte dentro de mim
Que me ameaçou como uma chuva de verão
Me alagou, me inundou, mas acabou em pouco tempo
Fui resgatada por um raio quente do sol de verão
Que me escancarou o sorriso e ofuscou meus olhos com luz
Esquentou m'alma e como um arco-íris que promete um tesouro em sua ponta,
Instalou-se novamente a esperança em meu coração.
Estou correndo para ti novamente, oh! mar...

Marisa Queiroz
Rio, 01/03/08

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