Já faz muito tempo
Nunca ficamos tão longes assim
Sinto tua falta
Meus dias são híbridos, minhas noites frias
Amanhece sem sol
A lua é sempre nova
E as estrelas, todas mortas
Só lembro de tempos assim
Quando eu ainda não te conhecia
Meu peito doía de saudades
De um tempo que eu ainda haveria de viver
Hoje, minha alma vive a suspirar como a perguntar
Onde estás?
Será que tua alma eu haverei de encontrar
Em algum outro lugar?
Marisa Queiroz
out/2009
Minhas crônicas
MINI-HISTÓRIA SOBRE A POESIA
BEM VINDOS AO MEU BLOG POÉTICO, QUERIDOS VISITANTES. SE GOSTAREM, DIVULGUEM!
POETISA, Eu...? (Minha 1ª poesia)
Me chamam de poetisa / Eu, que nunca fiz poesia / Insistem, me chamam de poetisa / E eu digo: mas eu nunca fiz poesia! /Não sei fazer estrofes, não sei rimar e se eu tentar... / amor rima com humor / Solidão com macarrão / sentimento com condimento / Soluços, com pinguços... / Eu não sei fazer poesia / Por que insistem nessa maestria?
Será que desvendaram minh'alma quimera/ Com loucos suspiros não ditos / Cabeça de leão e corpo de dragão? / Poetisa, eu...? / Por que insistem nessa galhardia? / Só se for de trigonometria / "Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá" / Seno a coseno b, seno b coseno a...
Marisa Queiroz
POETISA, Eu...? (Minha 1ª poesia)
Me chamam de poetisa / Eu, que nunca fiz poesia / Insistem, me chamam de poetisa / E eu digo: mas eu nunca fiz poesia! /Não sei fazer estrofes, não sei rimar e se eu tentar... / amor rima com humor / Solidão com macarrão / sentimento com condimento / Soluços, com pinguços... / Eu não sei fazer poesia / Por que insistem nessa maestria?
Será que desvendaram minh'alma quimera/ Com loucos suspiros não ditos / Cabeça de leão e corpo de dragão? / Poetisa, eu...? / Por que insistem nessa galhardia? / Só se for de trigonometria / "Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá" / Seno a coseno b, seno b coseno a...
Marisa Queiroz
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
terça-feira, 6 de outubro de 2009
DIAS PRIMAVERIS
Há dias de sol quentes e abrasivos
Que primam pela ausência de frescor
Há dias de chuva e de frio
Onde a alma chora sem cor e de dor
Há dias onde as folhas caem
E tudo o que se segue é pura nostalgia
O vento açoita a paz da alma
Que se inquieta e se enche de melancolia
Mas há dias que os pássaros cantam
E as borboletas revoam colorindo os jardins
As flores despertam e bocejam
Perfumes de rosas, dálias e jasmins
O sol morno realça as matizes dentre as heras
As mulheres sorriem com lábios de carmins
Se ornam de cravos, lírios e rosas em botões
O coração avisa: chegou a PRIMAVERA !
Floresce alegria em nossos jardins
E desabrocha o AMOR em forma de explosão!
Marisa Queiroz
set/09
Que primam pela ausência de frescor
Há dias de chuva e de frio
Onde a alma chora sem cor e de dor
Há dias onde as folhas caem
E tudo o que se segue é pura nostalgia
O vento açoita a paz da alma
Que se inquieta e se enche de melancolia
Mas há dias que os pássaros cantam
E as borboletas revoam colorindo os jardins
As flores despertam e bocejam
Perfumes de rosas, dálias e jasmins
O sol morno realça as matizes dentre as heras
As mulheres sorriem com lábios de carmins
Se ornam de cravos, lírios e rosas em botões
O coração avisa: chegou a PRIMAVERA !
Floresce alegria em nossos jardins
E desabrocha o AMOR em forma de explosão!
Marisa Queiroz
set/09
domingo, 13 de setembro de 2009
Ao amigo âncora
Navego pelos mares da vida
E te levo
Como contrapeso de minha existência
Driblo as intempéries do tempo
E te levo
Como esperança de ancorar numa bela enseada
Mas ás vezes me escapas
escorregando pela proa de meu barco existencial
E me levas
Ao fundo do mais escuro oceano
Marisa Queiroz
setembro/09
E te levo
Como contrapeso de minha existência
Driblo as intempéries do tempo
E te levo
Como esperança de ancorar numa bela enseada
Mas ás vezes me escapas
escorregando pela proa de meu barco existencial
E me levas
Ao fundo do mais escuro oceano
Marisa Queiroz
setembro/09
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Ao Barba Negra
Oh, marinheiro navegante
Barba Negra de Slovenia
Vire a vela de seu barco
E navegue rumo ao meu canto
Vem, intrépido timoneiro
Das águas azuis do mediterrâneo
Cruze os mares tropicais
E se entregue à sereia do Atlântico
Avante, pirata dos sete mares
Coração de bravo e flamejante
Abandone as águas de Belgrado
Aporte em minha doce Copacabana
Oh, marujo de pele bronzeada
Olhos dos verdes oceanos
Me acalenta com tua música calma
Sinfonia de amor, das ilhas de encanto
Marisa Queiroz
Rio, agosto/09
Barba Negra de Slovenia
Vire a vela de seu barco
E navegue rumo ao meu canto
Vem, intrépido timoneiro
Das águas azuis do mediterrâneo
Cruze os mares tropicais
E se entregue à sereia do Atlântico
Avante, pirata dos sete mares
Coração de bravo e flamejante
Abandone as águas de Belgrado
Aporte em minha doce Copacabana
Oh, marujo de pele bronzeada
Olhos dos verdes oceanos
Me acalenta com tua música calma
Sinfonia de amor, das ilhas de encanto
Marisa Queiroz
Rio, agosto/09
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Procurava-te.... (poetrix)
Na vontade de amar
Por entre cada suspirar
Em cada verso que escrevi
Marisa Queiroz
Por entre cada suspirar
Em cada verso que escrevi
Marisa Queiroz
domingo, 26 de julho de 2009
Quando estou em mim...
Quando estou em mim
Enfrento lutas, medos e angustias
enfrento a mim mesma
Quando estou em mim
Quando saio de mim
Encontro muitas máscaras
E crio muitas personagens
Quando saio de mim
No entrar e sair de mim
Me enfraqueço e fortaleço
Me desespero e me enriqueço
Nesta ponte que há em mim
Quando entro em mim, sou única
Me reconheço e desconheço
Me perco em minha miséria
Sou jogada na minha quimera existêncial
Quando saio de mim
Encontro um breefing em minhas fantasias
Aconchego-me em meus devaneios
Construo castelos encantados
Sou musa, anjo e princesa
Fabrico sonhos de amor
Sou a amada e cortejada poetisa
Sou personagem de histórias em quadrinhos
Mas, é lá dentro de mim
Na angustia que há em mim
No desespero das minhas chamas purgativas
Que morro e renasço continuamente
Para o que há de melhor em mim
Marisa Queiroz
Enfrento lutas, medos e angustias
enfrento a mim mesma
Quando estou em mim
Quando saio de mim
Encontro muitas máscaras
E crio muitas personagens
Quando saio de mim
No entrar e sair de mim
Me enfraqueço e fortaleço
Me desespero e me enriqueço
Nesta ponte que há em mim
Quando entro em mim, sou única
Me reconheço e desconheço
Me perco em minha miséria
Sou jogada na minha quimera existêncial
Quando saio de mim
Encontro um breefing em minhas fantasias
Aconchego-me em meus devaneios
Construo castelos encantados
Sou musa, anjo e princesa
Fabrico sonhos de amor
Sou a amada e cortejada poetisa
Sou personagem de histórias em quadrinhos
Mas, é lá dentro de mim
Na angustia que há em mim
No desespero das minhas chamas purgativas
Que morro e renasço continuamente
Para o que há de melhor em mim
Marisa Queiroz
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Depois de duas garrafas de vinho
Meu Deus!
Eu pequei!
Tomei duas garrafas de vinho
Me exaltei!
Falei bem dos filósofos
Meti o pau nas religiões
Chamei Jesus de Genésio
Quis ser cientista
Amaldiçoei os políticos e...
Flertei com meu melhor amigo!
Ai, Deus meu!
Me perdoe, eu errei,
Mereço essa ressaca que me destes
Mas Deus, por favor
Eu Vos imploro
Faça esse teto parar de rodar
E tire esse gosto
De cabo de guarda-chuva
De minha profana boca!
Marisa Queiroz
Eu pequei!
Tomei duas garrafas de vinho
Me exaltei!
Falei bem dos filósofos
Meti o pau nas religiões
Chamei Jesus de Genésio
Quis ser cientista
Amaldiçoei os políticos e...
Flertei com meu melhor amigo!
Ai, Deus meu!
Me perdoe, eu errei,
Mereço essa ressaca que me destes
Mas Deus, por favor
Eu Vos imploro
Faça esse teto parar de rodar
E tire esse gosto
De cabo de guarda-chuva
De minha profana boca!
Marisa Queiroz
sábado, 4 de julho de 2009
O Poeta e o Mar
É doce amar no mar
Nas ondas salgadas me entregar
Deixar-me levar pela poesia
Nobre timoneira aventureira!....
É doce chorar no mar
Com lágrimas de sal marinho
Sentir saudades dele
Meu ardente poeta, leão marinho!...
É doce viver no mar
Lugar de sal doce
De doce sonhar
De águas vivas e salgadas
De aconchego de Iemanjá
Mãe dos poetas que almejam
A estrela do a-Mar
Marisa Queiroz
Nas ondas salgadas me entregar
Deixar-me levar pela poesia
Nobre timoneira aventureira!....
É doce chorar no mar
Com lágrimas de sal marinho
Sentir saudades dele
Meu ardente poeta, leão marinho!...
É doce viver no mar
Lugar de sal doce
De doce sonhar
De águas vivas e salgadas
De aconchego de Iemanjá
Mãe dos poetas que almejam
A estrela do a-Mar
Marisa Queiroz
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Escreva-me!
Escreva-me por favor, escreva-me
Nem que sejam apenas duas palavras
Difícil é ficar sem notícias suas
Oh! por favor, não me esqueça
Escreva-me...
Nem que sejam duas palavras apenas
"Te amo!"
Marisa Queiroz
Nem que sejam apenas duas palavras
Difícil é ficar sem notícias suas
Oh! por favor, não me esqueça
Escreva-me...
Nem que sejam duas palavras apenas
"Te amo!"
Marisa Queiroz
sábado, 20 de junho de 2009
Teias de Sedução
Amor, amado meu
Envolvo-te em meus braços
Com um lânguido abraço
Escorrego por entre teu peito
Ansiando por um longo beijo
Vem, carrega-me no colo
Sussurra em meus ouvidos
Palavras de desejo
Diz que me ama
E eu serei toda tua
Nua.
Marisa Queiroz
Envolvo-te em meus braços
Com um lânguido abraço
Escorrego por entre teu peito
Ansiando por um longo beijo
Vem, carrega-me no colo
Sussurra em meus ouvidos
Palavras de desejo
Diz que me ama
E eu serei toda tua
Nua.
Marisa Queiroz
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Divagando com meus botões
Tem dias que o coração clama por algo novo, algo que nos tire da mesmice. Algo que nos faça sonhar, matutar e falar com os botões.
Acordei com um fraco raio de sol adentrando em minha janela e pensei em dar uma bela caminhada na orla do mar. Afastei as cortinas, e deparei-me com as misteriosa brumas de outono da cidade. Árvores com folhas gotejadas pelo orvalho da madrugada, cheiro de terra molhada e um tímido sol escondido por entre as grossas nuvens escuras.
Minha alma foi surpreendida por um acalento inconfessável e eu me disse sem nenhum pudor: Mas, que caminhada, que nada! O dia pede um chá quente, um edredon, um laptop no colo e uma licença permissiva para sonhar. Olhei novamente para a nostálgica paisagem e me surpreendi com uma estranha criatura cinza e cheia de patas, grudada como um imã de geladeira no vidro de minha janela. Com o que parecia aquele inseto? Uma mistura de aranha com besouro e barata de praia. Teria um nome específico? Não sei, mas cuidei para que os vidros estivessem bem fechados para que ele não pudesse entrar. Me questionei depois se eu deveria ser mais ecológica ou tratar mais a minha entomofobia. Porém, a vida nos ensina que a sós, podemos ser politicamente incorretos, ser a "rainha malvada" ao invés de "princesinha". Odiei aquele inseto grudado no meio da paisagem de minha janela e senti vontade de dar-lhe uma "maçã envenenada". Porém resolvi perdoá-lo pois, não fosse por ele, mexendo com minhas vísceras, não teria tido a oportunidade de fazer uma reflexão sobre minhas próprias sujeiras decantadas.
Gosto de escrever e quando o faço, apaixono-me por mim mesma. Um ato puramente narcícico. Se Narciso soubesse escrever, ele certamente não teria se afogado com sua própria imagem no lago. Teria se conservado apaixonado por si e seduzido o mundo com sua literatura. Ai, como eu amo os poetas! Mas, só os verdadeiros poetas, aqueles que, como diz Fernando Pessoa, mentem tão completamente que fingem que é dor o que deveras sentem. Gosto também de escrever poesias e de deixar meu coração me iludir com as dores, paixões e solidões que ele mente que sente. Chego a acreditar tanto neste meu fingido coração que, por vezes, sofro e choro como uma poetisa sentida.
Gosto de escutar, liberar e escrever as loucas palavras vãs que vêm de meu coração - pândego sentimental, um bobo sem razão, que me faz experimentar as mais insensatas emoções. Escrevo crônicas, poesias e contos e, neste embalo da alma é que canto e me encontro. O inseto já se foi. As brumas esconderam mais ainda o sol e agora uma fina chuva cai. Eu, aqui em meu quarto, continuo matutando com minhas letras, dissecando minha alma e divagando com meus botões.
Acordei com um fraco raio de sol adentrando em minha janela e pensei em dar uma bela caminhada na orla do mar. Afastei as cortinas, e deparei-me com as misteriosa brumas de outono da cidade. Árvores com folhas gotejadas pelo orvalho da madrugada, cheiro de terra molhada e um tímido sol escondido por entre as grossas nuvens escuras.
Minha alma foi surpreendida por um acalento inconfessável e eu me disse sem nenhum pudor: Mas, que caminhada, que nada! O dia pede um chá quente, um edredon, um laptop no colo e uma licença permissiva para sonhar. Olhei novamente para a nostálgica paisagem e me surpreendi com uma estranha criatura cinza e cheia de patas, grudada como um imã de geladeira no vidro de minha janela. Com o que parecia aquele inseto? Uma mistura de aranha com besouro e barata de praia. Teria um nome específico? Não sei, mas cuidei para que os vidros estivessem bem fechados para que ele não pudesse entrar. Me questionei depois se eu deveria ser mais ecológica ou tratar mais a minha entomofobia. Porém, a vida nos ensina que a sós, podemos ser politicamente incorretos, ser a "rainha malvada" ao invés de "princesinha". Odiei aquele inseto grudado no meio da paisagem de minha janela e senti vontade de dar-lhe uma "maçã envenenada". Porém resolvi perdoá-lo pois, não fosse por ele, mexendo com minhas vísceras, não teria tido a oportunidade de fazer uma reflexão sobre minhas próprias sujeiras decantadas.
Gosto de escrever e quando o faço, apaixono-me por mim mesma. Um ato puramente narcícico. Se Narciso soubesse escrever, ele certamente não teria se afogado com sua própria imagem no lago. Teria se conservado apaixonado por si e seduzido o mundo com sua literatura. Ai, como eu amo os poetas! Mas, só os verdadeiros poetas, aqueles que, como diz Fernando Pessoa, mentem tão completamente que fingem que é dor o que deveras sentem. Gosto também de escrever poesias e de deixar meu coração me iludir com as dores, paixões e solidões que ele mente que sente. Chego a acreditar tanto neste meu fingido coração que, por vezes, sofro e choro como uma poetisa sentida.
Gosto de escutar, liberar e escrever as loucas palavras vãs que vêm de meu coração - pândego sentimental, um bobo sem razão, que me faz experimentar as mais insensatas emoções. Escrevo crônicas, poesias e contos e, neste embalo da alma é que canto e me encontro. O inseto já se foi. As brumas esconderam mais ainda o sol e agora uma fina chuva cai. Eu, aqui em meu quarto, continuo matutando com minhas letras, dissecando minha alma e divagando com meus botões.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Que Amor é Este?
Amigo, amado e poeta...
tu já mereces
minha calma
minha paz
meus versos
minhas fantasias
minha vibração
no cosmos, na alma
me fazes tão bem! ...
Que amor é este?
É amor de passarinho
livre e sem amarras
sem medo da liberdade
cujo destino reside
apenas nas asas
e cuja alegria está
no cantar e encantar....
Queres adicionar um vinho?
Então nós dois,
ébrios de paixão e de frenesi,
da ponta do cabelo
aos dedinhos dos pés,
sorveremos nossas trovas de amor
entre os lençóis das ondas
sob o manto das estrelas
A conivência da lua
e a voluptuosidade do mar
Que tal mais um trago de vinho?
tu já mereces
minha calma
minha paz
meus versos
minhas fantasias
minha vibração
no cosmos, na alma
me fazes tão bem! ...
Que amor é este?
É amor de passarinho
livre e sem amarras
sem medo da liberdade
cujo destino reside
apenas nas asas
e cuja alegria está
no cantar e encantar....
Queres adicionar um vinho?
Então nós dois,
ébrios de paixão e de frenesi,
da ponta do cabelo
aos dedinhos dos pés,
sorveremos nossas trovas de amor
entre os lençóis das ondas
sob o manto das estrelas
A conivência da lua
e a voluptuosidade do mar
Que tal mais um trago de vinho?
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Amor fugaz
Amor fugaz
De verve assaz
Na tênue jaez
Me faz sagaz
te amo, te amo, te amo
Amor que pinta
Incendeia e arde
Raio que brota
Vento que passa
Poesia se faz....
De verve assaz
Na tênue jaez
Me faz sagaz
te amo, te amo, te amo
Amor que pinta
Incendeia e arde
Raio que brota
Vento que passa
Poesia se faz....
domingo, 31 de maio de 2009
Poeminha "amoximoroso"
No grito silencioso do peito
Surge uma dúvida certeira
Escute, ilustre desconhecido,
Me amas com todo fogo de teu ódio?
No silêncio eloquente das noites
Meu coração dispara bem devagar
Tenho uma culpa inocente
Pois no tácito tumulto de minh'alma
Meu ser gela de desejo ardente
Diga-me, nobre vagabungo,
Amas-me em lúcida loucura?
Meu coração estanca aceleradamente
Num arrebatamento meticuloso
Espero teu asentimento mudo e loquaz
Para na eternidade de um instante
Ser unicamente multipla e fugaz
Marisa Queiroz
Surge uma dúvida certeira
Escute, ilustre desconhecido,
Me amas com todo fogo de teu ódio?
No silêncio eloquente das noites
Meu coração dispara bem devagar
Tenho uma culpa inocente
Pois no tácito tumulto de minh'alma
Meu ser gela de desejo ardente
Diga-me, nobre vagabungo,
Amas-me em lúcida loucura?
Meu coração estanca aceleradamente
Num arrebatamento meticuloso
Espero teu asentimento mudo e loquaz
Para na eternidade de um instante
Ser unicamente multipla e fugaz
Marisa Queiroz
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Viva a Vida
Vida é
Papoula, sorte,
Mar
luar
Amor é vida
teus olhos
teu sorriso
sonoridade de um gargalhar
Vida a vi
Vem
Vai
Viva!
Marisa Queiroz
Rio, 28/05/09
Papoula, sorte,
Mar
luar
Amor é vida
teus olhos
teu sorriso
sonoridade de um gargalhar
Vida a vi
Vem
Vai
Viva!
Marisa Queiroz
Rio, 28/05/09
terça-feira, 26 de maio de 2009
Vagando em plena solidão ...
O que é esse aperto na alma?
Que nome tem esse pranto?
Meu ser tem sede de calma
E só encontro desilusão
Navego num rio de incertezas
Minha bússula é a escuridão
O que será de meu destino?
Onde estará minha luz?
Magoa-me saber que tenho asas
Mas tenho quilos de chumbo nos pés
Lembranças vagas me oprimem
Oh! onde estão as chaves desses grilhões?
Sozinha sufoco a dor
Pois nem tu me enxergas
Sou alma sem irmã
Vagando em plena solidão!
Marisa Queiroz
Que nome tem esse pranto?
Meu ser tem sede de calma
E só encontro desilusão
Navego num rio de incertezas
Minha bússula é a escuridão
O que será de meu destino?
Onde estará minha luz?
Magoa-me saber que tenho asas
Mas tenho quilos de chumbo nos pés
Lembranças vagas me oprimem
Oh! onde estão as chaves desses grilhões?
Sozinha sufoco a dor
Pois nem tu me enxergas
Sou alma sem irmã
Vagando em plena solidão!
Marisa Queiroz
domingo, 17 de maio de 2009
Eterno enquanto explosão
Vejo teu brilho até atrás do sol
Por ti nada ofusca minha visão
Suspiro com todo ar de embriaguês
Moléculas vivas de ternura que afloram meus pulmões
Incandecente relâmpago voraz que me acende
Anjo que faísca feito raio de trovão
Quero rir, gargalhar , delirar
me acender até explodir de paixão
Seguirei anos-luz como um sopro de anima
poeira cósmica acoplada em tua luz
Varando o vazio da imensidão
És como um dos Titãs que rouba o fogo sagrado
E eu estrela solitária condensada, que pisca e te espera
Amor eterno enquanto explosão!
Por ti nada ofusca minha visão
Suspiro com todo ar de embriaguês
Moléculas vivas de ternura que afloram meus pulmões
Incandecente relâmpago voraz que me acende
Anjo que faísca feito raio de trovão
Quero rir, gargalhar , delirar
me acender até explodir de paixão
Seguirei anos-luz como um sopro de anima
poeira cósmica acoplada em tua luz
Varando o vazio da imensidão
És como um dos Titãs que rouba o fogo sagrado
E eu estrela solitária condensada, que pisca e te espera
Amor eterno enquanto explosão!
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Sobre Safo (primeira poetisa lírica da história)
Safo, a maior poetisa lírica da Antigüidade é, provavelmente, também a primeira mulher a fazer poesia importante na história da cultura ocidental. Nasceu na ilha grega de Lesbos, por volta do ano de 612 a.C. Platão certa vez afirmou: "Dizem que há nove musas, que falta de memória! Esqueceram a décima, Safo de Lesbos."
As poesias de Safo, são quase todas voltadas para o amor , sempre expresso com simplicidade natural, às vezes com ternura, às vezes com ardor apaixonado. Ela usou em seus poemas uma grande variedade de metros, um dos quais, o sáfico, está associado especialmente a seu nome. Sua poesia foi muito apreciada na Antigüidade, tendo sido elogiada por Platão, por muitos poetas da Antologia Grega e por "Longinos" no tratado sobre o Sublime (os dois últimos preservaram dois dos fragmentos mais longos). Suas estrofes foram imitadas literalmente por Catulo em seu poema 51 .
Vejamos algumas delas:
Contemplo Como o Igual dos Próprios Deuses
Contemplo como o igual dos próprios deuses
esse homem que sentado à tua frente
escuta assim de perto quando falascom tal doçura,
e ris cheia de graça. Mal te vejo
o coração se agita no meu peito,do fundo da garganta já não saia minha voz,
a língua como que se parte, corre
um tênue fogo sob a minha pele,os olhos deixam de enxergar, os meus
ouvidos zumbem,
e banho-me de suor, e tremo toda,
e logo fico verde como as ervas,
e pouco falta para que eu não morra
ou enlouqueça
Quando eu te Vejo
Quando eu te vejo, penso que jamais
Hermíone foi tua semelhante;
que justo é comparar-te à loura Helena,
não a qualquer mortal;
oh eu farei à tua formosura
o sacrifício dos meus pensamentos,
todos eles, eu digo, e adorarte-ei
com tudo quanto eu sinto.
O Amor
O amor, esse ser invencível, doce e sublime
que desata os membros, de novo me socorre.
Ele agita meu espírito como a avalanche
sacode monte abaixo as encostas. Lutar
contra o amor é impossível, pois como uma
criança faz ao ver sua mãe, vôo para ele.
Minha alma está dividida: algo a detém aqui,
mas algo diz a ela para no amor viver...
A Lua já se Pôs
A lua já se pôs,
as Plêiades também:
meia-noite; foge o tempo,
e estou deitada sozinha
Palavras de Alceu a Safo
Ó cheia de pureza,
ó Safo coroada de violetas
que docemente ris:
eu te diria de bom grado certa coisa,
se não fosse a vergonha que me impede.
Resposta de Safo a Alceu
Se quisesses tão só o bom e o belo,
se em tua boca más palavras não tramasses,
não haveria essa vergonha nos teus olhos
e poderias exprimir-te francamente.
Fonte: Google
As poesias de Safo, são quase todas voltadas para o amor , sempre expresso com simplicidade natural, às vezes com ternura, às vezes com ardor apaixonado. Ela usou em seus poemas uma grande variedade de metros, um dos quais, o sáfico, está associado especialmente a seu nome. Sua poesia foi muito apreciada na Antigüidade, tendo sido elogiada por Platão, por muitos poetas da Antologia Grega e por "Longinos" no tratado sobre o Sublime (os dois últimos preservaram dois dos fragmentos mais longos). Suas estrofes foram imitadas literalmente por Catulo em seu poema 51 .
Vejamos algumas delas:
Contemplo Como o Igual dos Próprios Deuses
Contemplo como o igual dos próprios deuses
esse homem que sentado à tua frente
escuta assim de perto quando falascom tal doçura,
e ris cheia de graça. Mal te vejo
o coração se agita no meu peito,do fundo da garganta já não saia minha voz,
a língua como que se parte, corre
um tênue fogo sob a minha pele,os olhos deixam de enxergar, os meus
ouvidos zumbem,
e banho-me de suor, e tremo toda,
e logo fico verde como as ervas,
e pouco falta para que eu não morra
ou enlouqueça
Quando eu te Vejo
Quando eu te vejo, penso que jamais
Hermíone foi tua semelhante;
que justo é comparar-te à loura Helena,
não a qualquer mortal;
oh eu farei à tua formosura
o sacrifício dos meus pensamentos,
todos eles, eu digo, e adorarte-ei
com tudo quanto eu sinto.
O Amor
O amor, esse ser invencível, doce e sublime
que desata os membros, de novo me socorre.
Ele agita meu espírito como a avalanche
sacode monte abaixo as encostas. Lutar
contra o amor é impossível, pois como uma
criança faz ao ver sua mãe, vôo para ele.
Minha alma está dividida: algo a detém aqui,
mas algo diz a ela para no amor viver...
A Lua já se Pôs
A lua já se pôs,
as Plêiades também:
meia-noite; foge o tempo,
e estou deitada sozinha
Palavras de Alceu a Safo
Ó cheia de pureza,
ó Safo coroada de violetas
que docemente ris:
eu te diria de bom grado certa coisa,
se não fosse a vergonha que me impede.
Resposta de Safo a Alceu
Se quisesses tão só o bom e o belo,
se em tua boca más palavras não tramasses,
não haveria essa vergonha nos teus olhos
e poderias exprimir-te francamente.
Fonte: Google
sexta-feira, 1 de maio de 2009
PRA ME CONQUISTAR
Se acaso tens a intenção de me conquistar
Começa olhando-me nos olhos
Finge que não existe nada melhor em mim
Apenas meus olhos e meu jeito de olhar
Se quiseres ser mais ousado
Provoca meu sorriso e sorri para mim
Pois é deste modo que saberei
Se meu sorriso vai se escancarar para ti
Se tiveres a intenção de me seduzir
Fale palavras doces aos meus ouvidos
Que eles se encarregarão de traduzir
Até seus ‘não ditos’ para o resto de meus sentidos
Se queres me deixar em brasa
Com o coração louco e descompassado,
Beija-me com paixão e volúpia
E abraça-me bem apertado
Se pretendes ser o meu amor
Rega-me com ternura e carinho
Trata-me como se fosse uma fina flor
E eu não te ferirei com meus espinhos
E quando já tiveres me conquistado
Podes conferir o resto e os bons pedaços
Pois embora eu finja não ver
Estarei rebolando de muito bom grado
Começa olhando-me nos olhos
Finge que não existe nada melhor em mim
Apenas meus olhos e meu jeito de olhar
Se quiseres ser mais ousado
Provoca meu sorriso e sorri para mim
Pois é deste modo que saberei
Se meu sorriso vai se escancarar para ti
Se tiveres a intenção de me seduzir
Fale palavras doces aos meus ouvidos
Que eles se encarregarão de traduzir
Até seus ‘não ditos’ para o resto de meus sentidos
Se queres me deixar em brasa
Com o coração louco e descompassado,
Beija-me com paixão e volúpia
E abraça-me bem apertado
Se pretendes ser o meu amor
Rega-me com ternura e carinho
Trata-me como se fosse uma fina flor
E eu não te ferirei com meus espinhos
E quando já tiveres me conquistado
Podes conferir o resto e os bons pedaços
Pois embora eu finja não ver
Estarei rebolando de muito bom grado
terça-feira, 21 de abril de 2009
ORAÇÃO DE DOIS POETAS ÉBRIOS
Depois de duas garrafas de vinho - (Marisa)
POIS É…DIGO EU ! - (Fernando)
Meu Deus!
FUI AOS CÉUS
Eu pequei!
MAS VOLTEI !
Tomei duas garrafas de vinho
(E SE ELE ERA BONZINHO!...)
Me exaltei
E EIS QUE M’INSPIREI!
Falei bem dos filósofos
DOS POETAS, DOS ARTISTAS
Meti o pau nas religiões
E SEM FAZER CONFUSÕES
Quis ser cientista
E SEM TER NOÇÃO DO PERIGO
Amaldiçoei os políticos e...
(ALGUNS DO PALEOLÍTICO)
Flertei com meu melhor amigo!
MAS O MAL…FOI TER BEBIDO!
Deus meu
O QUE ME DEU?!
Me perdoe, eu errei!
MAS EU ACHO QUE ATINEI
Mereço essa ressaca que me destes
VINHO…OLHA O QUE TU FIZESTES!
Mas Senhor, por favor,
EU VOS OFEREÇO LICOR!
Eu Vos imploro
DE VERGONHA, QUASE CHORO!
Faça esse teto parar de rodar
OU RODE MAIS DEVAGAR...
E tire esse gosto
ESSE PIVETE DE LOUÇA
De cabo de guarda-chuva
COMO MÃO DE SUJA-LUVA
De minha profana boca!
VOS PEÇO… INTÉ FICAR ROUCA!
(Mariza Queiroz e Fernando Reis Costa, set/2007
(Agradeço ao poeta luso, Fernando Reis Costa, pela companhia neste poema ébrio!)
(Agradeço ao poeta luso, Fernando Reis Costa, pela companhia neste poema ébrio!)
sábado, 18 de abril de 2009
Momentos na Vida...
Há momentos na vida que seus sonhos parecem que terminam
Que a felicidade bate a porta na sua cara e parece que tudo acabou;
Às vezes nem percebe que lá adiante tem outra porta aberta
E que alí está a sua chance de ser novamente feliz.
Há momentos que você tem que esquecer o passado
E fazer um esforço de andar pro futuro
Que você tem que ser seu maior amigo, se perdoar
Esquecer seus próprios erros e tudo o que magoa o seu coração.
Há momentos que é preciso criar asas para sonhar,
E seguir o caminho do horizonte
Ser o que se pretende ser, porque a vida é uma só...
E talvez só exista esta chance de ser feliz
Há momentos na vida que você sente que tem que recomeçar
Ter ao seu lado uma pessoa que saia de seus sonhos
Apertá-la fortemente em seus braços e dizer novamente: Eu Te Amo!
Alguém com quem você possa novamente sorrir muito e até gargalhar,
Rir juntos de seus próprios erros e idiotices
Viver sem amarras ou grilhões
Rir para tornar os dias melhores e sanar as dores de seu coração
Se dar conta que, a despeito de suas obrigações e deveres
A vida se conta mesmo, pelo número de vezes que você sorriu e foi feliz
E pelas emoções que esses momentos lhe cortaram o fôlego.
Rio, out/2007
Que a felicidade bate a porta na sua cara e parece que tudo acabou;
Às vezes nem percebe que lá adiante tem outra porta aberta
E que alí está a sua chance de ser novamente feliz.
Há momentos que você tem que esquecer o passado
E fazer um esforço de andar pro futuro
Que você tem que ser seu maior amigo, se perdoar
Esquecer seus próprios erros e tudo o que magoa o seu coração.
Há momentos que é preciso criar asas para sonhar,
E seguir o caminho do horizonte
Ser o que se pretende ser, porque a vida é uma só...
E talvez só exista esta chance de ser feliz
Há momentos na vida que você sente que tem que recomeçar
Ter ao seu lado uma pessoa que saia de seus sonhos
Apertá-la fortemente em seus braços e dizer novamente: Eu Te Amo!
Alguém com quem você possa novamente sorrir muito e até gargalhar,
Rir juntos de seus próprios erros e idiotices
Viver sem amarras ou grilhões
Rir para tornar os dias melhores e sanar as dores de seu coração
Se dar conta que, a despeito de suas obrigações e deveres
A vida se conta mesmo, pelo número de vezes que você sorriu e foi feliz
E pelas emoções que esses momentos lhe cortaram o fôlego.
Rio, out/2007
terça-feira, 14 de abril de 2009
Haikais
#1
Trovão estrondou
relâmpago faiscou
e a chuva caiu !
#2
No pote de mel
as abelhas rainhas
viram formigas
#3
Sabiá canta
Na árvore, gorjeia
Na gaiola, pia...
Trovão estrondou
relâmpago faiscou
e a chuva caiu !
#2
No pote de mel
as abelhas rainhas
viram formigas
#3
Sabiá canta
Na árvore, gorjeia
Na gaiola, pia...
terça-feira, 7 de abril de 2009
Erro na previsão do tempo para o coração
Hoje eu estou dividida, como o tempo aqui no RJ, oscilo pro sol, oscilo pra chuva
E depois me pergunto: qual foi mesmo minha previsão de tempo para hoje?
Ah! Me lembrei. Como hoje é sábado, era pra amanhecer com uma luz radiante
Temperatura morna, mesmo sendo verão, e coração esfuziante, como se estivesse apaixonada,
Também, tinha previsto meu despertar junto com o alvorecer
Respiraria fundo e caminharia na praia com os pés descalços,
Permitindo que as ondas os lambessem sensualmente, de vez em quando...
E eu apenas sorriria, os ofereceria novamente e as encorajaria a repetir a operação,
Suspirando e gemendo, iniciando um jogo de sedução, humm!....
Em seguida, ofereceria meus tornozelos, pernas, joelhos, coxas...
E deixaria que uma grande onda me lambesse por inteira
De baixo para cima e me levasse ao clímax da sensação com gosto salgado....
Permitiria que sua imensa língua, doce e molhada,
Invadisse todas as minhas grutas e segredos
Me deixando ruborizada, ofegante e com os nervos túmidos e prontos....
O mar tem sido o meu melhor amante...
Silencioso, insinuante, imprevisível e arrebatador
Na maré baixa, ele me conforta, me acaricia e me lambe suavemente
Na maré alta, me arrebata, me açoita, me puxa em suas correntezas
Me arremessa, me afoga e me invade no fundo do meu âmago...
Mas hoje, me acordei dividida, a minha previsão falhou.
Pela manhã, choveu em meus olhos,
E uma nuvem negra nublou o meu coração
Senti falta dele e me agarrei às suas recordações
Caiu uma tempestade forte dentro de mim
Que me ameaçou como uma chuva de verão
Me alagou, me inundou, mas acabou em pouco tempo
Fui resgatada por um raio quente do sol de verão
Que me escancarou o sorriso e ofuscou meus olhos com luz
Esquentou m'alma e como um arco-íris que promete um tesouro em sua ponta,
Instalou-se novamente a esperança em meu coração.
Estou correndo para ti novamente, oh! mar...
Marisa Queiroz
Rio, 01/03/08
E depois me pergunto: qual foi mesmo minha previsão de tempo para hoje?
Ah! Me lembrei. Como hoje é sábado, era pra amanhecer com uma luz radiante
Temperatura morna, mesmo sendo verão, e coração esfuziante, como se estivesse apaixonada,
Também, tinha previsto meu despertar junto com o alvorecer
Respiraria fundo e caminharia na praia com os pés descalços,
Permitindo que as ondas os lambessem sensualmente, de vez em quando...
E eu apenas sorriria, os ofereceria novamente e as encorajaria a repetir a operação,
Suspirando e gemendo, iniciando um jogo de sedução, humm!....
Em seguida, ofereceria meus tornozelos, pernas, joelhos, coxas...
E deixaria que uma grande onda me lambesse por inteira
De baixo para cima e me levasse ao clímax da sensação com gosto salgado....
Permitiria que sua imensa língua, doce e molhada,
Invadisse todas as minhas grutas e segredos
Me deixando ruborizada, ofegante e com os nervos túmidos e prontos....
O mar tem sido o meu melhor amante...
Silencioso, insinuante, imprevisível e arrebatador
Na maré baixa, ele me conforta, me acaricia e me lambe suavemente
Na maré alta, me arrebata, me açoita, me puxa em suas correntezas
Me arremessa, me afoga e me invade no fundo do meu âmago...
Mas hoje, me acordei dividida, a minha previsão falhou.
Pela manhã, choveu em meus olhos,
E uma nuvem negra nublou o meu coração
Senti falta dele e me agarrei às suas recordações
Caiu uma tempestade forte dentro de mim
Que me ameaçou como uma chuva de verão
Me alagou, me inundou, mas acabou em pouco tempo
Fui resgatada por um raio quente do sol de verão
Que me escancarou o sorriso e ofuscou meus olhos com luz
Esquentou m'alma e como um arco-íris que promete um tesouro em sua ponta,
Instalou-se novamente a esperança em meu coração.
Estou correndo para ti novamente, oh! mar...
Marisa Queiroz
Rio, 01/03/08
segunda-feira, 6 de abril de 2009
CORAÇÃO TEIMOSO
Chamei meu coração num canto
E lhe disse baixinho:
Não já te disse pra ter cuidado?
Não te disse pra te resguardar?
Ainda é muito cedo
Podes te confundir
De um amor errado te iludir
E decerto vais te magoar
Meu coração olhou-me de soslaio
E num muxoxo replicou com desdém:
Que posso fazer se tudo o que sei
É me apaixonar por alguém?
Ah, coração! não desafies a razão
Sou eu quem tem sensatez
Sou eu quem pode te orientar
E não ouses me ignorar
Mas o coração dengoso
Desses que é teimoso
Gosta de desafiar
Ando batendo forte outra vez
Existe alguém que me faz sonhar
Por ele eu bato maluquinho
E sem ele eu sinto que posso parar
Marisa Queiroz
E lhe disse baixinho:
Não já te disse pra ter cuidado?
Não te disse pra te resguardar?
Ainda é muito cedo
Podes te confundir
De um amor errado te iludir
E decerto vais te magoar
Meu coração olhou-me de soslaio
E num muxoxo replicou com desdém:
Que posso fazer se tudo o que sei
É me apaixonar por alguém?
Ah, coração! não desafies a razão
Sou eu quem tem sensatez
Sou eu quem pode te orientar
E não ouses me ignorar
Mas o coração dengoso
Desses que é teimoso
Gosta de desafiar
Ando batendo forte outra vez
Existe alguém que me faz sonhar
Por ele eu bato maluquinho
E sem ele eu sinto que posso parar
Marisa Queiroz
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Vem , mon jou-jou...
Vem, “mon amour”
Deixa-me apertá-lo nos braços meus
Vem ser a paixão dos sonhos meus
Não me olhes com olhar de espanto
Pois eu sou hoje toda calor e encanto
Vem, “mon jou-jou”
Vem brincar com nossos corpos túmidos
Deixe eu lhe abrasar os sentidos
E o céu e as estrelas protegerão
Nossos carinhos lúbricos e lascivos
Vem, “ma passion”
Vem ser o orvalho de meus anseios
Quero te entregar meus mais puros enlevos
Quero sussurrar junto aos teus gemidos
Todos os segredos que se escondem em meus sentidos
Vem, “mon bandit”
Vem ser o bandoleiro de meus ais!
E não finja ser, nesta área, um bom rapaz
Quero ser expectadora de teu despudor
E ser, junto a ti, a doidivanas deste insano amor!
Marisa Queiroz
Rio, Out/2007
Deixa-me apertá-lo nos braços meus
Vem ser a paixão dos sonhos meus
Não me olhes com olhar de espanto
Pois eu sou hoje toda calor e encanto
Vem, “mon jou-jou”
Vem brincar com nossos corpos túmidos
Deixe eu lhe abrasar os sentidos
E o céu e as estrelas protegerão
Nossos carinhos lúbricos e lascivos
Vem, “ma passion”
Vem ser o orvalho de meus anseios
Quero te entregar meus mais puros enlevos
Quero sussurrar junto aos teus gemidos
Todos os segredos que se escondem em meus sentidos
Vem, “mon bandit”
Vem ser o bandoleiro de meus ais!
E não finja ser, nesta área, um bom rapaz
Quero ser expectadora de teu despudor
E ser, junto a ti, a doidivanas deste insano amor!
Marisa Queiroz
Rio, Out/2007
sexta-feira, 27 de março de 2009
Intrépida Dor
Pela madrugada adentro
Com alma de intrépida desventura
Sentindo os açoites agudos do vento
Cavando minha própria sepultura
Enveneno-me com o pensamento
Atiço chagas do peito a me purgar
Oh! plagas de meu desalento
Fere-me com o punhal do meu penar
É só no olho da mísera dor
É só na boca de lavas ardentes
É só no seio da derradeira flor
Que amalga-me o coração tão verve
Que minh'alma chora clemente
Fustigada no peito em púrpura derme.
Marisa Queiroz
Numa tarde perdida de março/ 2009
Com alma de intrépida desventura
Sentindo os açoites agudos do vento
Cavando minha própria sepultura
Enveneno-me com o pensamento
Atiço chagas do peito a me purgar
Oh! plagas de meu desalento
Fere-me com o punhal do meu penar
É só no olho da mísera dor
É só na boca de lavas ardentes
É só no seio da derradeira flor
Que amalga-me o coração tão verve
Que minh'alma chora clemente
Fustigada no peito em púrpura derme.
Marisa Queiroz
Numa tarde perdida de março/ 2009
SALVA-ME, BACO!
Quando a gente bebe vinho
A gente sonha e se entrega
As venturas e desventuras da vida
Quando a gente se deixa embriagar por Baco
Ó ceus! O que acontece com a gente?
Maldito vinho! Por que me fazes assim?
Não! Tira-me essa visão turva, tenho que enxergar
Não! tira-me esses devaneios
Tenho que pensar na minha realidade
Estou achando que meus sonhos são possíveis?
Cala-te, sonhos baquianos!
Estou usufruindo do não realizado?
Aquieta-te, coração intemperado!
Amanhã terei a dose certa de meus sonhos improváveis
Amanhã serei meu verdugo me acusando
Amanhã serei eu mesma rindo de mim
Por ousar ir além de meus desencantos
A gente sonha e se entrega
As venturas e desventuras da vida
Quando a gente se deixa embriagar por Baco
Ó ceus! O que acontece com a gente?
Maldito vinho! Por que me fazes assim?
Não! Tira-me essa visão turva, tenho que enxergar
Não! tira-me esses devaneios
Tenho que pensar na minha realidade
Estou achando que meus sonhos são possíveis?
Cala-te, sonhos baquianos!
Estou usufruindo do não realizado?
Aquieta-te, coração intemperado!
Amanhã terei a dose certa de meus sonhos improváveis
Amanhã serei meu verdugo me acusando
Amanhã serei eu mesma rindo de mim
Por ousar ir além de meus desencantos
segunda-feira, 23 de março de 2009
AMOR É TAÇA DE CRISTAL
Tim-tim!
devagar...
cuidado para a taça não quebrar!
aprenda a sorver
um grande amor
ou um bom vinho
prove-o bem devagarinho
não tenha pressa
amor não é
só conversa
é preciso maturar
é preciso degustar
não o deixe vinagrar
Tim-tim!
o coração anuncia:
Amor a vista!!
mas, cuidado,
a taça é fragil
é de cristal,
se quebrar,
não cola mais...
dá-me vinho,
meu amor!
com ternura
e com carinho...
Marisa Queiroz
devagar...
cuidado para a taça não quebrar!
aprenda a sorver
um grande amor
ou um bom vinho
prove-o bem devagarinho
não tenha pressa
amor não é
só conversa
é preciso maturar
é preciso degustar
não o deixe vinagrar
Tim-tim!
o coração anuncia:
Amor a vista!!
mas, cuidado,
a taça é fragil
é de cristal,
se quebrar,
não cola mais...
dá-me vinho,
meu amor!
com ternura
e com carinho...
Marisa Queiroz
ESTA DOR QUE ME RASGA A ALMA
Dor!
Ah, como dói!...
como me rasga por dentro
como despedaça minha alma
como me corroi em prantos
esse soluço que não passa
baixinho pra ninguém perceber
o quanto sofro de saudades de ti
meu único amor!...
quis te esquecer
quis me livrar de teus pedaços
lembranças materiais de uma vida inteira
quis afastar-te de mim
quis fazer da vida
um palco para me divertir
quis outros homens conhecer
outros amores viver
mas no final de cada trilha que segui
só encontrei uma muralha de solidão
e lá estava escrito o teu nome
me lembrando, como uma bofetada, que
mesmo querendo me livrar dos teus pedaços,
só o que consegui foi aumentar a certeza
de que todo meu ser é ainda feito
de lembranças de ti, e que até agora
só resgatei, nesta vida, outros traços de memória
de que até hoje não consigo viver sem ti
Marisa Queiroz
Ah, como dói!...
como me rasga por dentro
como despedaça minha alma
como me corroi em prantos
esse soluço que não passa
baixinho pra ninguém perceber
o quanto sofro de saudades de ti
meu único amor!...
quis te esquecer
quis me livrar de teus pedaços
lembranças materiais de uma vida inteira
quis afastar-te de mim
quis fazer da vida
um palco para me divertir
quis outros homens conhecer
outros amores viver
mas no final de cada trilha que segui
só encontrei uma muralha de solidão
e lá estava escrito o teu nome
me lembrando, como uma bofetada, que
mesmo querendo me livrar dos teus pedaços,
só o que consegui foi aumentar a certeza
de que todo meu ser é ainda feito
de lembranças de ti, e que até agora
só resgatei, nesta vida, outros traços de memória
de que até hoje não consigo viver sem ti
Marisa Queiroz
segunda-feira, 16 de março de 2009
MEU PRÍNCIPE !!
Eu sou princesa
Procuro um príncipe
De preferencia, encantado.
Olho pras estrelas
Suspiro e sonho:
Ai quem me dera !...
Olho pra baixo e ...
Encontro um sapo
Sai, coisa nojenta!
Não vou te beijar.
Suspiro por um príncipe
Mas, sempre encontro um sapo
Vou terminar me acostumando
Talvez eu é que seja um sapo
Quem sabe aquele príncipe no cavalo branco
Não se encante com meus belos olhos
Esbugalhados de romantismo?
Com meu coração doce e apaixonado ?
Vem, meu príncipe, me beija!
Esta noite serei tua princesa
Beija-me com ternura e amor
Ou acabarei beijando aquele nojento sapo!
Marisa Queiroz
Procuro um príncipe
De preferencia, encantado.
Olho pras estrelas
Suspiro e sonho:
Ai quem me dera !...
Olho pra baixo e ...
Encontro um sapo
Sai, coisa nojenta!
Não vou te beijar.
Suspiro por um príncipe
Mas, sempre encontro um sapo
Vou terminar me acostumando
Talvez eu é que seja um sapo
Quem sabe aquele príncipe no cavalo branco
Não se encante com meus belos olhos
Esbugalhados de romantismo?
Com meu coração doce e apaixonado ?
Vem, meu príncipe, me beija!
Esta noite serei tua princesa
Beija-me com ternura e amor
Ou acabarei beijando aquele nojento sapo!
Marisa Queiroz
sábado, 14 de março de 2009
CANÇÃO PARA UM POETA
"Você é corpo e alma , em forma de canção
Você é ...Dó ...Dó-Ré-Mi-Fá...Ré-Sol-Lá-Si !"
Poeta que canta e encanta
Inspira as mais belas canções
Faz a musa cantar
Acalenta a emoção
Poeta do planalto e do sertão
Jardineiro das letras
A tua literatura ressoa
em forma de canção
Teus hiatos são sagrados
São o convite aos sonhos de verão
Onde sob o céu estrelado
És livre pra o porre de amor
Onde quem manda
É a embriaguez do coração.
Marisa Queiroz
Você é ...Dó ...Dó-Ré-Mi-Fá...Ré-Sol-Lá-Si !"
Poeta que canta e encanta
Inspira as mais belas canções
Faz a musa cantar
Acalenta a emoção
Poeta do planalto e do sertão
Jardineiro das letras
A tua literatura ressoa
em forma de canção
Teus hiatos são sagrados
São o convite aos sonhos de verão
Onde sob o céu estrelado
És livre pra o porre de amor
Onde quem manda
É a embriaguez do coração.
Marisa Queiroz
À TOA NA VIDA
Sentiu-se à toa na vida
Enrubesceu e quis se ocupar
Listou todas suas obrigações
Tomou seu chá de cidreira
Cochilou e sonhou com o mar
Caminhou pelas areias brancas
Sentiu a brisa no rosto lhe acariciar
Catou mil conchinhas miúdas
Jurou um grande amor encontrar
Acordou cansada da vida,
E deu de cara com sua lista de obrigações
Murmurou com ar blazé scarletiano :
"Pensarei nisto amanhã!..."
Suspirou e foi à praia descansar
Marisa Queiroz
Enrubesceu e quis se ocupar
Listou todas suas obrigações
Tomou seu chá de cidreira
Cochilou e sonhou com o mar
Caminhou pelas areias brancas
Sentiu a brisa no rosto lhe acariciar
Catou mil conchinhas miúdas
Jurou um grande amor encontrar
Acordou cansada da vida,
E deu de cara com sua lista de obrigações
Murmurou com ar blazé scarletiano :
"Pensarei nisto amanhã!..."
Suspirou e foi à praia descansar
Marisa Queiroz
AMOR ZUMBI (sombreatrx)
Deitada em minha fria cova
Aguardo junto aos meus vermes
Ansiosa por tua cadavérica presença
Ops! Desintegrou-se mais um pedaço de mim...
Minhas carnes podres já não aguentam mais te esperar
Ossos, só ossos é o que restarão para ti
Mas, eu sei que virás, meu zumbi impiedoso
E nossa exumação será consumada
No fogo do crematório de nossa paixão.
Marisa Queiroz
ME DÁ UMA CARONA AÍ?
Procuro um poeta louco ,
motorizado pelo desejo
E com o motor envenenado pela paixão.
Seguiremos pelas ruas da solidão,
varando o silêncio das noites
Com poemas lúbricos e rimas audazes.
Alcançaremos as estrelas,
pegaremos carona nas caudas dos cometas,
Nos embriagaremos com os gases etereos da fantasia,
E gozaremos como anjos audazes
que não temem transcender os raios cósmicos
Com as poesias mais loucas e sublimes
das cordas que vibram no coração.
Alguém pode me dar uma carona?
Marisa Queiroz
motorizado pelo desejo
E com o motor envenenado pela paixão.
Seguiremos pelas ruas da solidão,
varando o silêncio das noites
Com poemas lúbricos e rimas audazes.
Alcançaremos as estrelas,
pegaremos carona nas caudas dos cometas,
Nos embriagaremos com os gases etereos da fantasia,
E gozaremos como anjos audazes
que não temem transcender os raios cósmicos
Com as poesias mais loucas e sublimes
das cordas que vibram no coração.
Alguém pode me dar uma carona?
Marisa Queiroz
TÃO SÓ (poesia concreta)
terça-feira, 3 de março de 2009
RISCOS DO AMOR
O amor, seja lá como for,
Corre riscos circunstanciais,
pois os olhos ficam cegos,
o coração bate em descompasso
A respiração encurta
E a razão enlouquece
Chamem um Segurança do Amor
Para proteger os ímpetos do coração
Dos desmandos da louca razão
Pra abrir os olhos que não querem ver
Pra oxigenar os suspiros de seus eternos ais.
Marisa Queiroz
Corre riscos circunstanciais,
pois os olhos ficam cegos,
o coração bate em descompasso
A respiração encurta
E a razão enlouquece
Chamem um Segurança do Amor
Para proteger os ímpetos do coração
Dos desmandos da louca razão
Pra abrir os olhos que não querem ver
Pra oxigenar os suspiros de seus eternos ais.
Marisa Queiroz
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
PENSAMENTO PARA O ANO NOVO
O melhor pensamento
Para um Ano Novo
É parar de pensar
E viver cada instante como se fosse
A última taça de vinho
O último pedaço de bolo
A única flor que dá mel
a derradeira estrela cadente
o último beijo apaixonado
o último alvorecer
O melhor pensamento
Para um Bom Ano Novo
É enxugar as lágrimas
Esquecer as mágoas
Não perder a esperança
Construir novos sonhos
Editar um novo amor
Construir um novo castelo
Beijar um novo sapo
Voltar a acreditar
Que o amor é eterno.
Rio, dezembro, 09
Para um Ano Novo
É parar de pensar
E viver cada instante como se fosse
A última taça de vinho
O último pedaço de bolo
A única flor que dá mel
a derradeira estrela cadente
o último beijo apaixonado
o último alvorecer
O melhor pensamento
Para um Bom Ano Novo
É enxugar as lágrimas
Esquecer as mágoas
Não perder a esperança
Construir novos sonhos
Editar um novo amor
Construir um novo castelo
Beijar um novo sapo
Voltar a acreditar
Que o amor é eterno.
Rio, dezembro, 09
PASSE LÁ EM GAZA!
Lá em Gaza é tudo tão...
Tem crianças , lá em Gaza
E tem pomares onde brotam
Tâmaras, maçãs e mel
Tem lua e muitas estrelas, lá em Gaza
E dançamos com lindos saris coloridos
Nas noites de lua cheia, lá em Gaza
Tem o mar Mediterrâneo lá em Gaza
Não usamos biquinis, mas rimos
E somos felizes em suas águas salgadas
Somos muitos e pobres, lá em Gaza
Mas rezamos e pedimos proteção de Alá
Mas chegou um tal de Hamas, lá em Gaza
E disse que deveríamos resistir
Aos irmãos de Israel e, desde então
Tem muito fogo no céu, lá de Gaza
Estamos com medo, nossas crianças choram
Estamos com fome e sede
Mas, assim mesmo, fica o convite:
Apareçam lá em Gaza
Apareçam, antes que ela se acabe!
Marisa Queiroz
Rio, 12/02/09
Tem crianças , lá em Gaza
E tem pomares onde brotam
Tâmaras, maçãs e mel
Tem lua e muitas estrelas, lá em Gaza
E dançamos com lindos saris coloridos
Nas noites de lua cheia, lá em Gaza
Tem o mar Mediterrâneo lá em Gaza
Não usamos biquinis, mas rimos
E somos felizes em suas águas salgadas
Somos muitos e pobres, lá em Gaza
Mas rezamos e pedimos proteção de Alá
Mas chegou um tal de Hamas, lá em Gaza
E disse que deveríamos resistir
Aos irmãos de Israel e, desde então
Tem muito fogo no céu, lá de Gaza
Estamos com medo, nossas crianças choram
Estamos com fome e sede
Mas, assim mesmo, fica o convite:
Apareçam lá em Gaza
Apareçam, antes que ela se acabe!
Marisa Queiroz
Rio, 12/02/09
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
FAROL DE PIRILAMPO
Acende teu candeeiro
É assim que posso te ver
Ilumina os meus olhos
Só assim saberei onde ir
Não me piques, não me firas
Não pense que és zangão
Voe leve e em círculos
Ilumine minha escuridão
Faça-me rir até gargalhar
Pela condição patética deste mundo
Pela natureza demasiado humana.
Enfeitice minhas palavras
Com teu brilho lusco-fusco
Não me deixe perdê-lo de vista
Leve-me até ao perfume das flores
Brinde-me com o apreço da amizade
Cante o canto da poesia e do amor!
Marisa Queiroz
Rio, 10/fev/09
AQUELES VERDES OLHOS
Aqueles verdes olhos
Olhos verdes de verdes mares
Foi no fundo daqueles olhos
Que conjuguei o verbo amar
Amar o mar... amei
Amar a mim... amei
Foi olhando pros teus olhos
Que passei a me encontrar
Espelho verde de água
Espelho de tua alma
Espelho de minha alma
Mergulhando nos teus olhos
Eu te vi ... me vi
Eu te amei ... me amei
Olhos verdes cristalinos
Que outros olhos tão divinos
De pureza de meninos
Eu poderei jamais encontrar?
Marisa Queiroz
Rio, 17/ago/07
Olhos verdes de verdes mares
Foi no fundo daqueles olhos
Que conjuguei o verbo amar
Amar o mar... amei
Amar a mim... amei
Foi olhando pros teus olhos
Que passei a me encontrar
Espelho verde de água
Espelho de tua alma
Espelho de minha alma
Mergulhando nos teus olhos
Eu te vi ... me vi
Eu te amei ... me amei
Olhos verdes cristalinos
Que outros olhos tão divinos
De pureza de meninos
Eu poderei jamais encontrar?
Marisa Queiroz
Rio, 17/ago/07
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
POETISA, EU?
Me chamam de poetisa
Eu, que nunca fiz poesias
Insistem, me chamam de poetisa
E eu digo: mas eu nunca fiz poesias!
Não sei fazer estrofes, não sei rimar
E se eu tentar, amor rima com humor
Solidão, com macarrão
Sentimento, com condimento
Soluços, com pinguços
Eu não sei fazer poesia
Por que insistem nesta maestria?
Será que desvendaram minh'alma quimera
Com loucos suspiros não ditos
Cabeça de leão e corpo de dragão?
Poetisa, Eu?
Por que insistem nesta galhardia?
Só se for poesia de geometria
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá"
Seno a , coseno b, seno b coseno a
Eu, que nunca fiz poesias
Insistem, me chamam de poetisa
E eu digo: mas eu nunca fiz poesias!
Não sei fazer estrofes, não sei rimar
E se eu tentar, amor rima com humor
Solidão, com macarrão
Sentimento, com condimento
Soluços, com pinguços
Eu não sei fazer poesia
Por que insistem nesta maestria?
Será que desvendaram minh'alma quimera
Com loucos suspiros não ditos
Cabeça de leão e corpo de dragão?
Poetisa, Eu?
Por que insistem nesta galhardia?
Só se for poesia de geometria
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá"
Seno a , coseno b, seno b coseno a
Marisa Queiroz
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